terça-feira, 3 de janeiro de 2012

De onde vem essa força?


Depois de quebrar a rotina no artigo anterior vou falar sobre o trabalho nosso de cada dia.
Ter uma carreira profissional estruturada sem deixar de lado o trabalho doméstico, ainda é uma realidade para muitas mulheres. E a maioria de nós, tenta obter o que é melhor para si, porém em uma lista de prioridades, nossa família sempre ocupa lugar de destaque.

Nunca se exigiu tanto da mulher como nos dias de hoje.
Buscar atualização, voltar a estudar, investir em treinamentos e conciliar tudo isso com as várias atividades domésticas custa caro. E a gente paga sem pedir recibo.
Muitos já afirmaram que, quando se educa um homem, se educa apenas um indivíduo, mas quando se educa uma mulher, se educa a família inteira.
Ter uma família pra cuidar não é fácil e só quem tem muita garra dá conta do recado.
A maioria das mulheres tem essa garra.
Quem casa quer casa. Quem tem filhos alimenta.

E a pergunta é a seguinte: de onde vem essa força?
De onde a gente tira tanta disposição pra trabalhar fora, cuidar da casa, dos filhos, do companheiro e de tudo que compete a eles? Que sentimento é esse que nos empurra sempre mais e em frente toda vez que nos imaginamos esgotadas para qualquer outra atividade que não seja: descansar?
Parece que isso já vem embutido dentro da gente. Sei lá se é consciência, responsabilidade, preocupação, senso comum ou amor. Sei que é grande. Aquece e fortalece.

Os homens têm assumido mais responsabilidade em casa, mas a dupla jornada feminina pesa bastante e essa parte ainda é praticamente 100% por nossa conta.
Marta Medeiros disse que amor nenhum a faria vestir um avental e ir pra cozinha. Ainda gosto de pensar na idéia de um saboroso almoço todo ele feito por mim, com a família reunida em volta da mesa e toda aquela bagunça que só família sabe fazer!

Cansada sim, mas família é sempre família.
E assim, nós seguimos, conquistando e deixando para trás os desafios superados.

(Foto: Familia - de Tarsila do Amaral)


(Publicado em 24/07/09)